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relacionamento familiar

Page history last edited by PBworks 17 years, 6 months ago

COMO FAMILIAR, DE QUE MODO POSSO AJUDAR?

 

A depressão atinge toda a família...

Freqüentemente, as pessoas que amam o indivíduo que sofre de depressão são "vítimas ocultas", pois o impacto da doença em suas vidas é esquecido ou subestimado. As pessoas deprimidas podem apresentar sentimentos de frustração, culpa e raiva em relação às pessoas amadas, que podem magoar-se com os problemas do indivíduo deprimido ou ter dificuldades em entender sua causa. Estes sentimentos são normais, mas existem formas saudáveis de lidar com eles. Felizmente a depressão é uma condição médica tratável e conhecer bem esta desordem e seu tratamento irá ajudá-lo.

Uma coisa importante que um membro da família pode fazer é fornecer apoio ao indivíduo deprimido. É natural esperar que os sintomas da depressão se resolvam imediatamente, mas é necessário reconhecer que o paciente irá progredir por conta própria. Tente não chamar a atenção do paciente deprimido para seus desapontamentos e evite pressionar o paciente a “encorajar-se”.

 

Lembre-se que o primeiro tratamento poderá não ser a melhor resposta para a depressão e que o processo de recuperação poderá levar algum tempo. Encoraje o paciente com depressão. Considere futuras consultas com o médico ou até mesmo ouça uma Segunda opinião se os sintomas não se modificarem ou piorarem. Algumas pessoas devem tentar mais de um tratamento com mais de um profissional antes de encontrar o profissional adequado e o tratamento ideal.

 

A falta de esperança é comum na depressão e pode fazer com que o indivíduo deprimido pense que não há benefício em procurar um médico ou em tomar um medicamento. Ajude a pessoa deprimida a seguir as orientações do médico.

Finalmente, tente ser sensível. Trate a pessoa deprimida normalmente, mas não esconda que algo está errado. Geralmente, ela prefere que seu quadro não seja negado.

Geralmente, a depressão está relacionada com uma mudança no comportamento. Os indivíduos deprimidos relatam que é mais difícil interagir com os demais. Estudos demonstraram que as pessoas deprimidas olham menos nos olhos, falam mais devagar e suavemente. Também falam com monotonia. Seu discurso pode ser dominado por pensamentos negativos, incluindo tristeza e falta de esperança.

 

A depressão também pode causar impacto nas relações familiares. Por exemplo, a doença geralmente é acompanhada por aumento das queixas conjugais. Esposos (as) com sues companheiros (as). De um modo geral, as interações entre pessoas deprimidas e seus cônjuges são caracterizadas por agressividade acima do normal.

Problemas conjugais parecem ter grande influência na evolução da depressão; no entanto, a boa nova é que o apoio conjugal pode proporcionar uma melhora mais rápida e duradoura dos sintomas depressivos. De maneira semelhante, o apoio e a participação dos membros da família podem fazer grande diferença na diminuição dos sintomas da depressão. O tratamento conjunto pode ajudar os membros da família a lidar com seus sentimentos e reforçar o relacionamento.

A depressão também pode afetar a interação entre pais e filhos. As pesquisas mostram que pais deprimidos interagem mais dificilmente com seus filhos e podem dedicar menos tempos para eles. O impacto da depressão pode Ter efeitos a longo prazo na psicologia e no bem-estar das crianças.

 

Os estudos mostram que o envolvimento e o apoio da família podem fazer diferença significante na evolução da doença. Quando apropriado, incentive toda a família a se envolver no processo de recuperação e, se possível, recorra ao apoio de amigos, caso os familiares não estejam disponíveis. Algumas famílias se beneficiam da participação em terapias de grupos familiares. O trabalho com a ajuda de um conselheiro pode também ajudar casais e famílias a estabelecerem uma estratégia de comunicação e maneiras mais adequadas de lidar com a depressão em casa. Um grupo de apoio para pessoas com depressão e suas famílias também pode fornecer informações e incentivo por parte de outros que tenham experiências semelhantes.

 

As pessoas com depressão estão sob risco potencial de suicídio. Se um membro da família com depressão expressar pensamentos suicidas, chame seu psiquiatra imediatamente. Não entre em pânico nesta situação, não subestime ou espere a crise passar. Mantenha os canais de comunicação abertos, fazendo perguntas diretas e que expressem preocupação. Deixe a pessoa deprimida saber que a sua vida é muito importante e valiosa. Lembre-a de que estes pensamentos suicidas são sintomas de uma doença e que tratamentos eficazes estão disponíveis.

Quando não for possível evitar o pensamento suicida, remova armas, álcool e medicamentos desnecessários da casa. Tente não determinar culpados se o indivíduo tentar suicídio. Seus sentimentos são sintomas de uma doença. É uma boa idéia para todos os membros da família procurar ajuda em razão do trauma de se ter um membro da família com tendência suicida.

 

Quando uma pessoa querida está sofrendo de depressão, uma das melhores maneiras de lidar com a doença é preparar-se para ela. E isto significa entender a doença e seus efeitos, para ajudar a entender o que está acontecendo e desenvolver estratégias. A seguinte lista de "faça" e "não faça" oferece um ponto de partida. Lembre-se, nem toda sugestão pode ser adaptada para se enquadrar em necessidades singulares. Pode ser útil discutir estas sugestões com um profissional da área de saúde – médico da família, terapeuta – pois este pode oferecer sugestões mais específicas ou mostrar maneiras de começar usando idéias a partir de um comportamento familiar específico.

 

FAÇA:

  • Esteja atento aos hábitos do sono. Sono aumentado ou diminuído pode ser um sintoma de depressão; etapas simples podem promover bons hábitos de sono.

 

  • Estabeleça um horário para ir para a cama e para se levantar pela manhã;

 

  • Reduza ou elimine a ingestão de cafeína (café, refrigerantes a base de cola ou chá);

 

  • Durma em ambiente arejado;

 

  • Evite exercícios cansativos antes de ir para a cama;

 

  • Use a cama apenas para dormir ou para suas atividades sexuais (nunca assistir à tv, ler ou trabalhar);

 

  • Tente escolher um estilo de vida saudável, sempre que possível (isto ajuda o indivíduo com depressão e os membros da família a lidarem com a doença);

 

  • Evite a ingestão de álcool;

 

  • Pratique exercícios regularmente (lembre-se de consultar um médico antes de iniciar qualquer programa de exercícios);

 

  • Fique atento à ingestão de alimentos. Muitas pessoas com depressão apresentam apetite diminuído nestes casos, nutrição adequada é fundamental. Outras pessoas apresentarão atração por chocolates ou doces em geral, mas isto só ajudará a aumentar o sentimento de culpa;

 

  • Saiba que a pessoa está doente e que o tratamento é uma prioridade;

 

  • Reconheça que os sintomas da depressão podem alterar o comportamento do indivíduo – e, devido ao fato de ser depressão uma doença, o indivíduo pode não ter controle sobre o seu comportamento quando o diagnóstico tiver sido feito. Sabemos que uma pessoa com a perna quebrada ainda sentirá dor e dificuldade para caminhar após as radiografias terem mostrado a causa; por isso, devemos nos lembrar que, mesmo feito o diagnóstico, a pessoa ainda poderá sentir-se mal;

 

  • Fique atento, pois o deprimido tem uma visão negativa de tudo. A tendência de ver tudo de maneira ruim ou pessimista pode fazer parte do quadro depressivo. Os membros da família devem entender e tentar encontrar meios de lidar com a decepção que ocorrerá, pelo menos, uma vez;

 

  • Reconheça que os membros da família podem necessitar ajustar-se às responsabilidades. Como a depressão reduz a capacidade de o indivíduo trabalhar em casa, os membros da família podem ter dificuldade para se ajustar a isso. Às vezes, pode ser útil relaxar um pouco as tarefas domésticas ou mesmo preparar comidas mais simples. O(A) companheiro(a) ou os filhos podem ajudar a realizar algumas tarefas em casa;

 

  • Reconheça que os familiares também estarão passando por um período estressante. Os membros da família não devem se surpreender quando se sentirem mais cansados ou impacientes, já que a depressão na família é acompanhada de um aumento no nível de stress. O mais importante é manter sua rotina normalmente e dedicar tempo para si próprios;

 

  • Discuta o progresso e os efeitos do tratamento abertamente com o médico;

 

E AS CRIANÇAS?

As crianças são muito sensíveis ás maneiras pela quais os pais se relacionam entre si e geralmente percebem quando alguma coisa está errada. Além disso, a maioria das crianças tem imaginação ativa e imagina que a situação é pior do que realmente o é, ou pensa que a depressão é sua culpa. A pessoa deprimida deve considerar o fato de conversar diretamente com a criança sobre a doença, ou deixar isto por conta de um amigo ou familiar querido, se julgar mais adequado.

 

NÃO FAÇA

  • NÃO exclua a pessoa deprimida dos problemas ou discussões familiares;

 

  • NÃO tente fazer tudo para a pessoa com depressão, mesmo que isto pareça ser a melhor forma de ajudar. O indivíduo com depressão pode se sentir incapaz de realizar as tarefas e aceitar algumas responsabilidades poderá aumentar a sua auto-estima. Evite dizer: “Não faça isto, deixe que eu faça”, especialmente quando o indivíduo deprimido já iniciou a tarefa. Tente, pelo menos, dar-lhe a chance de terminar a tarefa;

 

  • NÃO critique ou repreenda o indivíduo pelo seu comportamento deprimido;

 

  • NÃO espere que a pessoa simplesmente "saia da situação";

 

  • NÃO tenha medo de fazer perguntas. Muitas pessoas deprimidas precisam aprender a procurar e a aceitar ajuda externa pela primeira vez em suas vidas. Um médico, hospital, grupos de apoio, são recursos adequados para ajuda aos pacientes deprimidos;

 

  • NÃO tome decisões importantes em sua vidas (casamento, divórcio, mudança de emprego ou de residência) durante uma crise depressiva; se for possível, evite-as;

 

MÉTODOS CONSTRUTIVOS PARA ENFRENTAR A DEPRESSÃO NA FAMÍLIA

  • Aumente o tempo dedicado à pessoa querida realizando atividades agradáveis. Tente fazer uma lista de pequenas ações que poderão ser realizadas durante o dia para demonstrar sentimentos positivos de carinho. Por exemplo, diga "obrigado" quando uma atividade for concluída ou "isto realmente está muito bom" quando algo estiver bem feito;

 

  • Faça um esforço para ouvir. Resuma o que a outra pessoa disse para certificar-se de que entendeu e faça perguntas claramente. Um médico ou terapeuta poderá ajudar as famílias a praticar e aperfeiçoar estas tarefas;

 

  • Faça um esforço para tentar resolver os problemas em conjunto. Lembre-se que soluções vitoriosas em conjunto são melhores do que aquelas nas quais um membro da família "deixa escapar" algo que ele ou ela deseja. As etapas para resolver os problemas podem incluir sua definição, a exposição das soluções e a avaliação de sua adequação às necessidades.

 

  • Tenha o hábito de expressar carinho e preocupação pelos membros da família; sinta-se à vontade para elogiar e observar o que os entes queridos têm de "bom";

 

BUSCANDO AJUDA E APOIO

Lidar com a depressão na família pode ser um grande desafio...mas pode também representar uma oportunidade de aproximação para aqueles que se amam e maior entendimento de suas vitórias e fraquezas. Quando um casal ou família trabalham em conjunto para eliminar momentos difíceis, todos se beneficiam. No caminho para a recuperação, o apoio e a ajuda de outras pessoas (que não familiares) podem ser de grande valor.

 

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